Porque videomakers devem utilizar SSD para editar vídeo?

SSD KingDion sobre um HDD convencional

Problemas comuns

Qual é o maior problema na hora de editar vídeo? Selecionar o material que vai para a fila de edição? Storytelling? Falta de memória no computador? Travamentos de software (Premiere estou olhando para você, FinalCut Pro X #tamojunto)? Escolher a melhor música de fundo? Não, nenhum destes já que por mais que atrapalhem são problemas contornáveis que no máximo farão com que o projeto atrase. Na minha opinião o maior problema na hora de editar vídeos é a falta de espaço de armazenamento.

Se trabalhar com vídeos em 1080p já requer bastante espaço, imagina com 4K ou mais. São arquivos extremamente grandes. Vídeos são arquivos que geralmente contém muito mais informação que qualquer outro tipo. Eles contém não apenas sequencia de quadros (que dão a ilusão de movimento), mas também muitas outras informações como metadados, áudio, registros de data e hora e muitos outros. Além disso a edição de vídeo requer acesso rápido, velocidade de transferência e também capacidade armazenamento.

Opções de mercado

É possível utilizar diversas opções diferentes de armazenamento e normalmente o que vai te limitar é o seu orçamento. Você pode comprar um notebooks com espaço interno maior (se for um MacBook prepare-se para gastar muito), utilizar um RAID (Matriz Redundante de Discos Independentes), servidores, fitas LTO, pendrives e etc… HDDs externos convencionais eu não recomendo, eles são lentos demais para renderizar, frágeis e estragam fácil (deixe um cair e já era). Hoje só servem mesmo para backup de material já terminado. Se você ainda trabalha utilizando um destes saiba que seu trabalho poderia ser muito mais rápido, confira abaixo.

Velocidade

Aqui é onde a diferença fica mais evidente se compararmos HDDs e SSDs. O primeiro é totalmente mecânico e precisa mover a cabeça de leitura/gravação para localizar, acessar e/ou gravar dados, isso por si só já leva tempo. Há várias controvérsias entre a quantidade de MB transferidos por segundo de um e de outro, por isso prefiro comparar mostrando de um outro ponto de vista. Enquanto um HDD comum demora algo em torno de 10 a 15 milissegundos para acessar um arquivo, um SSD faz isso em 0,1 ou 0,2 milissegundos.

Tem ainda o fato de a maioria dos programas de edição ser otimizada para aproveitar essa velocidade. O Final Cut Pro X, o Premiere e outros armazenam em cache os próximos quadros, ou mesmo todo o arquivo de vídeo, na RAM para acesso rápido. Sendo assim o acesso ao material precisa ser mais rápido e no SSD isso funciona melhor.

HDD e SSD lado a lado

Vantagens de SSDs

Além da velocidade, já comentada acima, a segurança física em comparação com HDDs normais também se faz importante. Os HDDs corrompem mais fácil se a cabeça de leitura bater nos discos. Mas não apenas isso, tem outros detalhes que tornam os SSDs mais seguros: suportam temperaturas severas, não podem ser apagados por ímãs, são mais silenciosos, economizam energia (não tem partes mecânicas lembra?) e ainda podem ser utilizados sem problema de vibração durante transportes. 

Os SSDs possuem um mecanismo de software que tenta prever falhas e impedir a perda permanente de dados. Assim sendo, mesmo que um SSD falhe será possível ler os dados gravados nele e até mesmo ser configurado para armazenar dados na memória cache em caso de perda de energia imprevista.

Desvantagens (achou que só tinha lado bom?)

Depois de tudo que foi falado acima parece que só existem vantagens em utilizar o SSDs certo? Quase, mas sinto dizer que não é bem assim. Infelizmente há o lado financeiro a ser considerado. As “unidades de estado sólido” – SSD (Solid-State Drive) tem um custo bem superior aos seus irmãos mais velhos HDDs. Vai diminuir? Sim, com o tempo a tendência é que fiquem mais baratos, mas por enquanto ainda é bem mais caro. Mesmo assim é algo a colocar na sua lista de desejos de equipamentos para trabalhar com produção de vídeos.

Outra desvantagem é ter uma vida útil menor. “Ué, mas não eram mais resistente?” Sim, mas à quedas, trepidações e temperaturas. A cada gravação feita nos SSDs as cédulas de vão se desgastando aos poucos tirando assim um pouco de sua capacidade de segurar cargas elétricas. 

Não se preocupe muito com isso, apesar de parecer assustador não é também tanto assim. Testes realizados pelo TechReport (confiram aqui) mostram que os SSDs aguentam em torno de 700TB de trocas de dados antes de começar a apresentar algum defeito. Nestes mesmos testes alguns SSDs precisaram ultrapassar 1 Petabyte (!!) para que isso ocorresse. 

E só comparar esta informação com a quantidade de arquivos de vídeos, músicas e tudo mais que você como videomaker trabalha por ano para ter uma idéia de quanto tempo será preciso para trocar por outro SSD. Coloque isso em um lado da balança e do outro o tempo reduzido nas horas e horas de renderização que deixará de esperar e veja se vale a pena.

SSD KingDion - Solução atual para meu fluxo de trabalho
SSD KingDion – Solução atual para meu fluxo de trabalho

Minha solução atual

Quando comprei o meu MacBook Pro tive de escolher entre mais espaço interno ou mais processamento/memória, optei pela segunda opção já que existem opções de armazenamento externo mais acessíveis do que pagar o preço cobrado pela Apple. 

Antes eu utilizava pendrives diversos e espalhava os arquivos entre eles concentrando a renderização na memória interna. Não era uma solução muito boa mas era o que dava para fazer. Usar HDDs para renderização? Sem chance, tempo é uma coisa que tenho de otimizar ao máximo.

De uns tempos para cá venho utilizando um SSD externo que me enviaram da KingDian e até agora os resultados estão sendo muito bons. O modelo de SSD que recebi tem 240GB (sim, as capacidades de SSDs não seguem exatamente as mesmas dos HDDs) o que é mais que suficiente para os trabalhos que tenho feito, mesmo os maiores. Provavelmente para quem trabalha com produção de séries e filmes seja necessário um bem maior. 

No meu fluxo de trabalho ele fica como “área de trabalho” apenas, ou seja, concentro todos os arquivos nele (vídeos, áudios, renders, imagens e tudo mais) e só utilizo durante o trabalho de edição do vídeo e renderização. Depois de tudo pronto e aprovado todo o material final e os arquivos brutos transfiro para um NAS (Network Attached Storage), um equipamento voltado para o armazenamento de dados que é acessado através de uma conexão de rede local, este ainda tem um HDD convencional mas bem maior (2TB). Lá fica por um tempo até o seu descarte que é mais ou menos dois anos.

O SSD da KingDian que recebi tem um outro detalhe que ajuda a tornar ainda melhor sua utilização: USB-C. Como o MacBook Pro também tem este padrão não apenas a leitura e gravação são rápidas mas também a transferência.

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