Você usa seu smartphone realmente como smartphone?

Você usa seu smartphone realmente como smartphone?
Você usa seu smartphone realmente como smartphone?

De uns tempos para cá a moda do smartphone pegou mesmo. São milhares de aparelhos vendidos todos os dias no mundo. Cada hora que passa (antes levavam dias para isso) vemos lançamentos os mais diversos possíveis. Processadores DUAL Core, Quad Core, não sei quanto de espaço de armazenamento, telas cada vez maiores, 3D, conexões de inúmeros tipos, isso e aquilo. Tudo cada vez mais rápido, mais caro e mais mais mais…

Fico me perguntando onde é que essa correria vai parar. Os celulares viraram smartphones e estes estão virando supercomputadores de bolso. Mas para que tudo isso? O que realmente precisamos no meio de tantos dados e tantos recursos? O que é que estamos fazendo? Já pararam para pensar que assim como aconteceu com os telefones celulares, que a maioria nem lembra que eram para telefonar, os smartphones estão se perdendo e deixando de ser realmente “smarts” (inteligentes). Eles estão se aproximando cada vez mais de outra categoria e passando a virar tablets com hardware de PCs, mas e a inteligência disso tudo?

Os mais antigos no mundo da tecnologia devem lembrar da época dos “palms” ou PDAs. Eles tinham diversos recursos ótimos para aquele período, mas não eram muito “smarts”. Eles atendiam a praticamente todas as necessidades que tínhamos mas faziam apenas o que era mandado fazer quando era dado um determinado comando.

Para entender melhor o ponto aonde quero chegar, vai uma pergunta para você que está lendo esta matéria agora. O que realmente faz de smart com seu smartphone? O que é que seu aparelho faz mesmo quando você sequer está olhando para ele? Aposto que a maioria vai dizer: Baixa e-mails ou verifica redes sociais. Sim, ok, mas o que mais?

Vou dar um exemplo pessoal no que faço com o meu aparelho de uso principal para mostrar o que considero um “uso smart”. Deixando claro que não estou aqui defendendo este ou aquele aparelho/sistema. Cada um tem a sua preferência e seja qual for sua opção basta associar os recursos do disponíveis para as suas necessidades. Aliás, acho que este é o segredo para tornar os aparelhos mais úteis.

A rotina do meu aparelho é a seguinte:

Toda manhã alguns minutos antes do horário que acordo normalmente ele entra sozinho em modo normal (ativa as conexões, altera proteção de tela, volumes e toques). Após este momento se conecta à minha rede e atualiza a previsão do tempo (à qual fica na tela esperando para eu checar), isso ao mesmo tempo em que sincroniza minha agenda de contatos e eventos com um serviço on-line. Estes eventos, semelhante ao que acontece com a previsão do tempo, ficam visíveis na tela inicial através de um widget para que eu saiba logo cedo o que tenho programado para o dia. Depois de tudo isso ele toca para me despertar. Antes até deixava que ele também baixasse meus e-mails, mas esta tarefa passei para o iPad já que lá é bem mais cômodo. O único recurso que gostaria de automatizar no meu smartphone, e que ainda não fiz é o download automático dos podcasts que ouço diariamente.

Continuando a rotina, assim que entro no carro para ir trabalhar o aparelho se conecta ao som e muda o perfil atual para um que designei como “Modo direção” o qual ativa um aplicativo que me avisa da proximidade com sensores de velocidade nas ruas através de aviso na tela e sonoro nos auto-falantes. No momento em que saio do carro volta ao perfil normal e fecha o aplicativo. Isso tudo acontece todas as vezes em que entro no meu carro.

Já a proteção de tela é totalmente desativada toda vez que coloco o aparelho no bolso e volta ao normal quando o retiro de lá. Faço isso para economizar um pouco da bateria. Esta também muda para exibição de ícones de alerta toda vez que chega um SMS, e-mail ou quando a bateria está acabando. Com o toque em um botão apenas ela exibe ícones de acesso rápido aos principais recursos que uso normalmente (telefonar para contatos específicos, mudar perfil, tocar/pausar o player de áudio ou iluminar a tela com se fosse uma lanterna).

Já durante a noite o aparelho altera sua proteção de tela para uma que ilumine menos e não incomode tanto no escuro (fundo preto e fonte vermelha) ficando assim durante toda a noite. Lá pelas tantas, ele muda seu perfil para um totalmente desconectado. Faço isso pois não preciso/quero receber ligações, mensagens ou o que for enquanto durmo. Esta mudança acontece apenas se eu estiver em casa. Caso o aparelho perceba que estou em outro local ele continua em modo normal.

Esqueci de alguma coisa? Ah sim, nos finais de semana o horário em que ele me desperta é diferente (mais tarde claro) dos outros dias da semana e se por acaso resolvo ir à igreja perto de casa (coisa mais que rara) ele muda de perfil ficando totalmente em silêncio só voltando ao normal quando saio de lá.

Bom, os leitores assíduos do NPossibilidades sabem que não tenho um aparelho ultra moderno com o sistema mais badalado ou o hardware mais parrudo. Apesar de estar sempre por dentro das novidades, testando os novos aparelhos que surgem tenho um aparelho de dois anos de mercado, com um sistema que muitos consideram morto. Faço tudo isso que comentei aqui com um simples Nokia N8[bb] exatamente porque este é o aparelho que melhor me atende hoje. Como disse, o segredo para um bom aparelho não é seu hardware, mas seu uso.

Agora volto a perguntar: Você usa seu smartphone realmente como smartphone?

Atualização: Confiram aqui a segunda parte deste post. Nela mostro quais aplicativos utilizar e como configurá-los.

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